Tendências de reciclagem na Europa em 2023

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Conheça as tendências de reciclagem na Europa em 2023 e como os países europeus estão lidando com a gestão de resíduos ao promover a economia

Conheça as principais tendências de reciclagem na Europa em 2023 e como os países europeus estão liderando esforços sustentáveis na gestão de resíduos ao promover a economia circular com inovação e tecnologia. 

Comparado a países europeus, o Brasil enfrenta desafios na reciclagem, especialmente em infraestrutura e regulamentação. Atualmente, os operadores e as organizações de catadores são a base da coleta e triagem, enfrentando vulnerabilidade social. A transição para a economia circular requer formalização, capacitação e investimento em tecnologias.

Cerca de 7 dos 9,2 bilhões de toneladas de plástico produzidos globalmente entre 1950 e 2017 tornaram-se resíduos plásticos, prejudicando diversos ecossistemas. Nesse sentido, a indústria tem se comprometido com diversas metas como de logística reversa e embalagens mais inovadoras e sustentáveis devido ao aumento da preocupação climática.

Durante o Fórum Mundial de Economia Circular, que aconteceu na Finlândia entre os dias 30 de maio e 2 de junho de 2023, colaboração e rastreabilidade foram palavras-chave. Conversas indicam maior interesse em soluções conjuntas para redução de custos, riscos e aumento de impacto. 

Conversas com especialistas destacam estratégias de sustentabilidade, redução de plástico e inovações em embalagens.

Veja abaixo algumas das principais tendências de reciclagem na Europa e como podemos usar esse modelo aqui no Brasil.

Conheça as tendências de reciclagem na Europa em 2023 e como os países europeus estão lidando com a gestão de resíduos ao promover a economia

Tendências de reciclagem na Europa: fortalecer a colaboração para transformar sistemas

Durante o Fórum, os palestrantes enfatizaram a importância da colaboração como premissa para impulsionar a transição em direção a um futuro circular. Contudo, o foco principal foi no pensamento sistêmico. 

Nesse sentido, ao invés de redesenhar produtos isolados, a atenção deve ser direcionada para redesenhar sistemas amplos, incluindo finanças, políticas, práticas e cadeias de valor completas.

A educação desempenha um papel crucial, pois a circularidade e a educação para a sustentabilidade podem fornecer um vocabulário e compreensão compartilhados, facilitando o entendimento do cenário e consequentemente, a colaboração. 

Leia mais: Como podemos reduzir o descarte incorreto do plástico e criar uma economia circular

A confiança é um elemento vital para o sucesso da colaboração, e um exemplo notável disso foi a “batalha do erro” realizada na plataforma Carbon Action durante o WCEF2023

Ao compartilhar seus próprios erros, os agricultores construíram confiança e fortaleceram sua comunidade para uma colaboração mais eficaz na criação de sistemas alimentares regenerativos.

Reunir stakeholders de várias localidades e cadeias de valor exige criatividade e pequenos passos iniciais. A conclusão é que a colaboração abrangente, baseada em princípios compartilhados, confiança e entendimento, é essencial para abordar as complexidades dos sistemas e alcançar mudanças significativas em direção a um futuro mais circular. Para ver o report completo do evento, clique aqui

O engajamento das empresas para uma economia circular

As empresas desempenham um papel central na transição para uma economia circular, mas enfrentam diversos obstáculos internos e externos. Muitas vezes, a falta de financiamento para expandir operações é causada por riscos percebidos, métricas inadequadas, padrões desajustados e compreensão limitada. 

Os modelos de negócios lineares frequentemente não consideram os custos totais de produção, o que dificulta a adoção da economia circular.

Também existe a dificuldade de rastreamento, visto que poucas empresas compreendem plenamente seu impacto no meio ambiente. Para avaliar o progresso, é crucial que compreendam sua situação. Contudo, a busca pela perfeição não deve impedir a iniciativa. 

Leia mais: Como os Certificados de Crédito de Reciclagem agregam para minhas iniciativas sustentáveis

Para começar, o foco pode ser compreender o impacto ambiental e social e a jornada rumo à circularidade, em vez de exigir 100% de circularidade imediatamente. A contabilidade ambiental é tão importante quanto a financeira.

É essencial incentivar a criação de simbioses industriais, onde negócios relacionados à economia circular se complementam e formam ecossistemas integrados. A colaboração e a formação de parcerias estratégicas são cruciais para a construção de uma economia circular robusta e sustentável.

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Do global para local

Embora a economia circular seja vista como uma solução global, os especialistas destacaram que as melhores práticas circulares são aquelas que se adaptam às condições locais.

No setor agrícola, por exemplo, a transição para a agricultura regenerativa varia significativamente com base nas condições climáticas locais, recursos disponíveis, culturas nativas e contextos culturais. 

Embora haja aprendizado entre agricultores de todo o mundo, as soluções eficazes surgem quando são adaptadas e moldadas pelas especificidades locais.

A abordagem-chave é unir objetivos globais com soluções locais, empoderar comunidades locais e traduzir os conhecimentos adquiridos em fóruns globais, como o Fórum Mundial de Economia Circular, em ações práticas que se adequem aos contextos e círculos locais.

O “R” mais importante é o de repensar

A União Europeia (UE) enfrenta desafios com a crescente geração de resíduos em diversos setores, incluindo manufatura, alimentos, construção e eletrônicos. Isso resulta na perda de recursos valiosos e impactos ambientais e de saúde. 

Para lidar com essa questão, uma das principais tendências de reciclagem adotada na Europa foi a política de resíduos que busca manter produtos em uso por mais tempo e estabelecer padrões rígidos para descarte responsável. 

O aspecto mais crucial da abordagem circular é o “R” de “Repensar”. O papel dos consumidores na transformação da economia bem como a importância de reduzir não apenas a intensidade material do consumo, mas também a quantidade de consumo.

A abordagem se concentra em prevenir a geração de resíduos, reduzir o desperdício de alimentos e facilitar reparos em produtos. A UE promove a economia circular, onde produtos e recursos são usados de forma eficiente e sustentável. 

A política visa reduzir impactos negativos, incentivando práticas conscientes e sustentáveis de consumo e gerenciamento de resíduos.

Conclusão

Nesse sentido, adotar soluções focadas em reduzir o consumo são importantes, contudo elas podem não ser suficientes. Para reverter essa tendência, as empresas e os governos devem desempenhar um papel na promoção da suficiência como um estilo de vida enriquecedor e sustentável. 

Empresas podem reinventar produtos duradouros, usar materiais reciclados, oferecer serviços de manutenção e reparo, e educar os consumidores para tornar essas soluções atrativas.

Tanto para consumidores quanto para empresas, repensar envolve valorizar recursos, empregos, habilidades e pessoas de maneira diferente. 

Além disso, é fundamental reconhecer os indivíduos não apenas como consumidores, mas também como membros de comunidades, fortalecendo seu papel na transição circular e construção de um futuro sustentável. Educação ambiental na prática. 

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