Entenda como a parceria entre a eureciclo e Veolia promove o desenvolvimento da cadeia de reciclagem e descubra como você pode fazer parte!
Como sempre dizemos, a união de forças é fundamental para garantir um futuro mais saudável e sustentável para o planeta.
Os desafios para reverter o cenário atual são muito grandes e, por isso, é necessário criar maneiras escaláveis (que possam atingir grandes proporções) para resolver os problemas.
Com isso em mente, no fim do ano passado a eureciclo e Veolia Brasil se uniram para explorar e implementar soluções de economia circular e logística reversa no país.
Abaixo explicamos melhor, mas já destacamos que o esforço conjunto, que começa dentro dos Centros de Gerenciamento de Resíduos (CGRs) da Veolia em Santa Catarina e São Paulo, tem potencial estimado para recuperação de 180 mil toneladas de resíduos recicláveis por ano!
O primeiro passo é um projeto piloto para recuperação das primeiras 65 mil toneladas.
Deste total, 50 mil serão destinadas para a produção de Combustível Derivado de Resíduos (CDR) – processo também conhecido como reciclagem energética. Outras 8 mil, compostas de plásticos – PET, PEAD e PP –, vão para a reciclagem mecânica.
Esses materiais são prejudiciais e cada tonelada retirada do meio ambiente é uma vitória, porque sabemos que diminui o risco para as florestas e os animais que poderiam encontrá-los no caminho.
Mas o que é CDR?
CDR é um combustível derivado de materiais que não podem ser utilizados no processo de biodigestão.
Desta forma, estes resíduos são destinados para alimentação de fornos industriais, por exemplo.
Os materiais são triturados em máquinas específicas, aproveitando tudo aquilo que não é orgânico ou reciclável.
Normalmente, os resíduos comerciais utilizados para CDR são compostos por plástico, têxteis, papel, madeira, minerais e embalagens compostas.
São materiais com alto poder calorífico, que se destroem completamente no processo, sem gerar passivo ambiental.
Assim, rejeitos da coleta seletiva, que não teriam outra finalidade, podem se transformar em combustível.
A atividade é mais um estímulo à economia circular, já que os resíduos não vão parar em lixões ou aterros sanitários.
Mais CDR, menos CO2
Na prática, o CDR se trata de uma energia limpa, que estimula a diminuição de combustíveis fósseis e diminui a emissão de CO2 na atmosfera.
Isso porque, o uso do combustível derivado de resíduos substitui os combustíveis fósseis, como carvão mineral, por exemplo.
A partir de 2020, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) estabeleceu novas diretrizes e condições para o licenciamento das unidades de preparo de CDR.
A resolução ainda ampliou as possibilidades de uso desse tipo de combustível.
Até então, o CDR era restrito aos fornos de cimenteira, caldeiras e usinas de biomassa.
A expectativa é que a nova resolução da Cetesb, somada ao amplo debate sobre o tema e expectativa da criação de outras leis e normativas, ampliem o uso do combustível no país.
Existem muitos caminhos para melhorar o setor de reciclagem. No caso dessa iniciativa a ideia é transformar esses CGRs em verdadeiros Parques Tecnológicos Ambientais.
É uma solução que traz valor ambiental, financeiro e social – Lembramos aqui que esses pilares também não andam sozinhos.
Dados do Brasil
Segundo dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais), por ano são geradas 80 milhões de toneladas de resíduos, mas apenas 4% são efetivamente recicladas.
Fica fácil entender porque a logística reversa é tão importante, não é? Com ela, ajudamos esse índice a crescer.
A quantidade reciclada é pequena e é por isso que unir tecnologia e iniciativas com o mesmo objetivo amplia os resultados.
Os 96% restantes acabam em aterros sanitários e lixões pelo país, o que leva a uma tragédia ambiental, considerando o potencial de poluição de solo, rios, lagos e oceano.
O plástico é um grande vilão. Uma análise do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) afirma que o material representa 85% do lixo marinho.
Por isso vamos reciclar, apenas no projeto piloto, quase 10 toneladas desse tipo de resíduo.
Pouca infraestrutura, questões educacionais e outros fatores contribuem diretamente com essa realidade.
E esses são os pontos que a atuação da eureciclo procura impactar, com parceiros, tecnologia e valorização dos profissionais, fundamentais para todo o processo de reciclagem.
E em conjunto com outras empresas, podemos ir ainda mais além.
O incentivo à economia circular e à logística reversa, por meio da compensação ambiental de embalagens, já difundida na Europa, mas ainda pouco conhecida no Brasil, é a forma que encontramos para atingir os objetivos.
Parcerias para logística reversa trazem melhores resultados
A futurologista Daniela Klaiman foi convidada pela eureciclo, em 2021, para conduzir uma masterclass que explica bem o que estamos contando neste conteúdo.
Com toda sua expertise, fica ainda mais claro que o caminho da sustentabilidade não pode ser trilhado sozinho. A parceria eureciclo e Veolia é mais uma prova disso.
Consumidor atento às soluções sustentáveis
De acordo com estudo da Global Costumer Pulse, da Accenture Strategy, 83% dos brasileiros dão preferência para companhias que compartilham seus valores na hora da compra.
A mesma pesquisa indica que 87% dos entrevistados esperam que as empresas sejam mais transparentes sobre seus processos. Incluindo aí as condições de trabalho dos colaboradores, impacto ambiental e testes em animais.
Os valores que a marca propaga são fatores de influência para a compra de 76% dos participantes. Este artigo aprofunda o comportamento dos novos consumidores e a relação entre compra e valores das marcas.
Além dos números expressivos, a parceria eureciclo e Veolia ainda desenvolve e potencializa as cadeias de reciclagem dos municípios contemplados.
Estamos animados, porque com esse incentivo é possível conectar todas as pontas da economia circular e contribuir para o aumento das taxas de reciclagem do país.
Convidamos você a vir com a gente nesse propósito. Vamos nessa?
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